Review: F.E.A.R. 3



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A sequência de jogos em primeira pessoa que faz a melhor combinação de ação e terror ganhou mais uma versão: F.E.A.R. 3. O game segue com o sucesso de seus antecessores misturando tiros, sangue e policiais com demônios, fantasmas do passado e poderes paranormais de uma forma totalmente alucinante que irá te prender do começo ao fim e fazer você pular da cadeira. E um aviso: é aconselhável que se jogue com as luzes apagadas e o volume no máximo.
O game foi lançado pela Warner Bros, e o protagonista da primeira versão volta nessa sequência. Point Man, um soldado da F.E.A.R. – organização governamental secreta especializada em lidar com ameaças paranormais –, continua uma perfeita arma de matança, e Alma, a garota e mãe do soldado que era apenas uma criança no primeiro jogo, aparece numa versão mais adulta que passa a atormentar Point Man em várias visões. Com um aspecto ainda pior, Alma busca vingança, mas dessa vez contra toda a humanidade, e seus poderes estão mais fortes, já que agora ela pode transitar pelo mundo real. A missão do jogador é se aliar a seu irmão, Paxton Fettel, um espírito do passado, para aniquilar Alma. Quem jogou F.E.A.R. 1 com certeza vai se lembrar dele.

A parte gráfica foi muito bem desenvolvida na franquia. O visual dos mapas está incrível e assustador, digno dos melhores filmes de terror já feitos. E não é por acaso: John Carpenter, diretor de longas como “Hallowen” e “O Enigma de Outro Mundo”, foi chamado para ajudar nas cenas animadas. Os detalhes estão impressionantes e não há nenhum tipo de bug durante o jogo. Os personagens desenvolvem movimentos reais, e as armas, além da variedade, estão com o visual mais moderno e futurístico.

A jogabilidade é um dos pontos fortes do game. Os inimigos estão mais inteligentes e usam de diversos artifícios para levar você à morte: granadas, trabalho em equipe, escudos e coberturas. Novos oponentes também estão presentes no jogo, como criaturas possuídas pela maldade de Alma que te perseguem com machados, explosivos presos ao corpo e uma fúria gigantesca, além de espíritos que são muito ágeis. Isso tudo aliado aos já conhecidos soldados que atiram no personagem até não quererem mais, tornando os combates em cenas eletrizantes e cheios de sustos.

Novas funções também estão disponívels. Agora Point Man pode se esconder atrás de muros, paredes e barricadas para se proteger dos tiros; mas fique atento, pois eles podem ser destruídos. A famosa câmera lenta continua presente de forma genial, permitindo que o jogador mire com mais precisão e dê tiros certeiros. Golpes novos são liberados conforme o game avança, dando a oportunidade do combate corpo-a-corpo, como por exemplo dar chutes deslizantes que lançam o inimigo para longe. Em alguns momentos, é possível jogar com robôs controláveis, encontrados em determinados momentos da história, dando ainda mais potência ao arsenal de guerra de Point Man.

Um sistema de pontuação e desafios a serem quebrados dá uma pitada de “missão a cumprir” ao game. Eliminar inimigos com uma arma específica, dar “headshots”, realizar contatos psíquicos com corpos e outras atividades preenchem o game com mais emoção. Tudo isso faz com que o personagem vá aumentando de nível e ficando cada vez mais forte.

Uma novidade em F.E.A.R. 3 é o modo cooperativo, tanto online quanto no modo multiplayer, com 2 jogadores. Cada jogador ficará encarregado de controlar um dos irmãos. A jogabilidade com Point Man não é alterada nesse modo, mas é possível jogar com Fettel e possuir soldados usando seus poderes paranormais. Aliás, a cada missão completada, o game destrava o fantasma para jogo, mesmo no modo de um jogador. Na pele de Fettel, não há armas de fogo, mas sim projéteis que são disparados pelas mãos do personagem. É possível assumir o corpo dos soldados oponentes e tomar total controle das ações deles.

Diversas modalidades diferentes também estão no modo multiplayer, como o “Soul Survivor”, onde o objetivo é transformar os outros players em fantasmas. O modo “F*cking Run” tem como meta sobreviver a hordas de possuídos vindo de todos os cantos. Em “Contractions”, o jogador tem que defender uma determinada área dos monstros pelo tempo que resistirem. Também há o modo “Soul King”, que é uma competição por almas que envolve outros jogadores e a própria máquina. O interessante é combinar as habilidades dos personagens, que podem causar estragos muito maiores do que quando o jogador está sozinho. As possibilidades são inúmeras e muito divertidas.

A atmosfera do game em geral é muito envolvente. Sustos e arrepios estão garantidos. Nas partes em que não há tiros, o silêncio dá abertura para assombrações, ilusões e vultos que passam por todos os lados quando você menos espera. A trilha sonora ajuda muito: eletrizante nos tiroteiros e assustadora nas partes de horror.

O resultado do jogo ficou muito bom. Os diretores conseguiram combinar ação e horror de um modo incrível. Adrenalina e medo se misturam, mas a vontade de jogar não para. O game só decepciona na duração. Em cerca de 6 ou 7 horas de jogo, já é possível fechar o game e ver os créditos subindo na tela. Mas vale a pena conferir, jogar, se divertir e morrer de medo. Acompanhe Point Man nessa aventura cheia de tiros, monstros e fantasmas em F.E.A.R. 3.

Fonte: Olhar Digital

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